O espectáculo comemorativo dos 35 anos de carreira de Jorge Fernando, com sete convidados especiais, na próxima quinta-feira, no Cinema S. Jorge, em Lisboa, já está esgotado, anunciou a promotora.
Argentina Santos, Amélia Muge, Filipa Cardoso, Camané, Sam The Kid, Filipe Raposo e José Manuel David (dos gaiteiros de Lisboa), são os convidados especiais.
Com Jorge Fernando (viola e voz) estarão também Custódio Castelo (guitarra portuguesa), Daniel Pinto (viola baixo), António Barbosa (violino), David Zacaria (violoncelo) e a fadista Fábia Rebordão, que participou no seu mais recente álbum, «Vida».
«Valsa dos Amantes», «Desespero», «Lisboa Triste», e «Vida», que dá título ao álbum editado no final do ano passado pela Farol, são alguns dos temas que constam do alinhamento do espectáculo.
Cantor, autor e também produtor discográfico, Jorge Fernando considera «gratificante» a sua carreira de 35 anos, quer pelo percurso já feito, quer pelos encontros que lhe proporcionou, afirmou à Lusa.
«São 35 anos vividos com obstáculos, mas também com muitas alegrias quer pelo público, que tem sido caloroso, quer pelos encontros que me proporcionou», disse Jorge Fernando.
Entre esses «encontros», salienta os muitos anos ao lado de Amália Rodrigues, uma das pessoas, segundo disse, que mais o incentivou a prosseguir uma carreira a solo.
Como produtor, responsabilizou-se, entre outros, pelo primeiro álbum de Mariza, «Fado em Mim», e os mais recentes álbuns de Ana Moura, «Para além da saudade» e «Leva-me aos fados», ou o mais recente de Filipa Cardoso, «Cumprir seu fado».
Em 2003 a cidade italiana de Racanati homenageou-o em reconhecimento do seu talento como cantautor, produtor, instrumentista e impulsionador de novos talentos.
Como cantor, Jorge Fernando concorreu a dois festivais RTP da Canção, em 1990 com «Rosas brancas para o meu amor» (7ºclassificado) e em 1992 com «Umbadá» (4ºclassificado).
Em 1986 gravou o seu primeiro LP e em 1987 o seu primeiro disco de fados, «Boa noite solidão», onde colaboraram Fernando Maurício, Maria da Fé e José Manuel Barreto.
No ano seguinte, a Rádio Comercial, por votação do público, atribuiu-lhe o Prémio Popularidade.
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